sexta-feira, 4 de outubro de 2013

                       Dicas de como definir o papel para o seu impresso
    Atualmente a indústria oferece uma infinidade de papéis, com as mais diferentes características e preços.
A seleção do papel pode alterar radicalmente a reprodução da cor, o sentido do tato e a percepção de qualidade que o cliente final terá do trabalho. E, em função disso, o preço também muda.
Alguns papéis são muito absorventes e produzem cores apagadas. Outros recebem um tratamento para permitirem uma melhor reprodução das cores.
Outros são naturais. Enfim, existe uma infinidade de combinações, formatos e cores. Entretanto, 98% dos trabalhos gráficos são feitos por menos de dez tipos de papéis. Esses, se você for designer, produtor ou comprador de serviços gráficos, é imprescindível conhecer.
Embora o papel, em geral, defina a qualidade do produto, é importante destacar, o mais importante para o resultado final do impresso é o trabalho do designer. Se ele desenvolver um trabalho com criatividade, tirando proveito das características do papel e a finalidade para a qual será usado o impresso, pode obter um excelente resultado, mesmo com um papel simples e barato como o Kraft, conforme exemplo que mostramos nesse capítulo.
Os principais tipos de papel e suas características são apresentados na tabela a seguir.
DENSIDADE E ESPESSURA DO PAPEL
No Brasil e nos países onde vigora o padrão ISO, a grossura e a densidade do papel são definidas em gramas por metro quadrado, ou g/m2. As gramaturas mais comuns são as de 75 g/m², 90 g/m², 120 g/m² e 150 g/m².
Quanto maior a espessura e o peso do papel mais encorpado e menos flexível será o impresso.

PAPEIS MACIOS E FLEXÍVEIS X PAPEIS DUROS E POUCO FLEXÍVEIS
A indústria de papel oferece uma infinidade de papéis, com as mais diferentes características.
Uma característica comum a alguns tipos de papel, com a mesma gramatura, é a de serem mais macios e flexíveis, ou mais firmes e menos flexíveis.
O designer deve definir o que quer pois, se não o fizer, a gráfica usará o que lhe parecer mais conveniente para o trabalho que isso pode gerar um resultado final diferente do que foi imaginado pelo artista, ou seu cliente.
Portanto é imprescindível, que o designer defina o papel e o resultado que espera para o seu trabalho, sobretudo quando se for usar papéis macios, ou flexíveis, pois a sensação de quem o manuseia é de que a gramatura do papel é menor.
PAPÉIS LINHA D'ÁGUA
Os editores de livros, jornais e revistas podem obter uma economia interessante na compra do papel de imprensa, que no Brasil é isento de impostos. Os fabricantes e distribuidores acabam ficando com uma margem desses impostos, pois eliminam os descontos. Fazem as vendas dos papéis com os preços de "tabela cheia". Ainda assim o preço é muito vantajoso. Se você é editor, vale a pena fazer o registro de compra de papel no Ministério da Fazenda – ou trabalhar com uma gráfica que faça isso para você.
Por outro lado, se você trabalha com impressos comerciais, além de ser ilegal, não vale a pena correr o risco de ter dores de cabeça com a SRF por uma economia que muitas vezes é relativamente pequena. No ano passado a Recita extinguiu metade dos registros para papel de imprensa no Rio de Janeiro e fechou algumas gráficas. Logo, só compre e use esse tipo de papel se você for efetivamente editor de livros, revistas e jornais.

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